“Disse o Senhor a Abraão: sai da tua terra e da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12 : 1 – 3
Você exerce maior influência no outro do que pode perceber. E essa influência é como uma força que gera as pressões que tentam modelar os nossos corações. Existe a força do amor mas também a força do ódio. A força da rejeição mas também a força do acolhimento. E essas forças estão inerentes e permeiam todos os nossos relacionamentos.
Por exemplo, estudiosos do comportamento humano, descobriram que, apenas pelo fato de um professor dizer ao seu aluno que ele tem um QI alto aquele estudante melhora o seu QI só para corresponder ao reconhecimento e a expectativa do professor. Destacar o melhor das pessoas traz o melhor delas para fora. Mas o contrário também é verdadeiro. Quando vemos e destacamos apenas o pior de uma pessoa isso também traz para fora o pior dela.
De muitas formas nós podemos produzir o pior no próximo: a difamação, calúnia, maledicência são maneiras muito contundentes de demonstrar rejeição e condenação para com uma outra pessoa. Por outro lado, palavras de vida, encorajamento, perseverança e esperança podem produzir ânimo em um coração aflito.
Recentemente ouvi sobre uma passagem da história de Thomas Edison – talvez uma das mais brilhantes mentes norte-americana. Ele era o filho caçula de sete irmãos e a sua mãe, uma ex-professora, se dedicava na criação de seus filhos em tempo integral. Quando Thomas Edison tinha sete anos ele chegou em casa com uma carta escrita pelo colégio e disseram a ele que apenas a sua mãe poderia ler. Thomas entregou a carta para sua mãe e ela a leu. Enquanto lia a carta ela começou a chorar e olhando para Thomas disse: “filho, sabe o que a carta diz? Diz que você é uma pessoa extraordinária e nenhum dos seus colegas é igual a você. A escola me pediu para que , a partir de hoje, eu te ensine porque ela já não o consegue fazer. Então a partir de amanhã você não voltará mais por lá”. Então a mãe começou a ser a sua professora e a ensinar ao pequeno Thomas. Pouco a pouco Thomas Edison começou a criar uma paixão pelos estudos e, cada vez mais, devorava e estudava todos os livros que lhe eram oferecidos. Aos 12 anos já começara a fazer suas primeiras experiências e tornou-se o inventor que conhecemos a história. Quando ele estava com 24 anos sua mãe morreu. E enquanto a sua família estava arrumando o quarto e limpando os armários, Thomas encontrou a cartinha que sua mãe havia recebido da escola. Quando ele leu a carta, para lembrar de um momento tão marcante da sua infância, Thomas Edison também chorou. Porque a carta não dizia o que a sua mãe deu a entender a ele. A carta dizia que Thomas Edison tinha um retardo mental e uma enorme dificuldade de aprendizagem e que ele estava atrapalhando os demais alunos. De maneira que o colégio estava comunicando o desligamento dele e que a partir daquele dia não seria mais aceito por lá.
Nós escolhemos que tipo de força iremos exercer nas pessoas ao nosso redor. Podemos ser opressores ou libertadores, fontes de água salgada ou fontes de água doce. Podemos escolher produzir vida ou produzir morte.
Em última instância, e talvez a mais importante, eu percebo que escolher abençoar ao meu próximo é um reflexo da própria vida de Deus em mim. Porque lá na Cruz, por meio da obra do Senhor Jesus, Deus decidiu me abençoar e me livrar de toda maldição. Ele me pegou nu, sujo e miserável , me lavou, me purificou e me vestiu com vestes de salvação. De maneira que, quando você, abençoa alguém, você compartilha o mesmo que recebeu e ainda tem recebido de Deus. Ao abençoar o meu próximo eu estou dizendo pra ele que eu, assim o faço, porque Deus fez isso comigo também.
E assim como aconteceu com Abraão, o Senhor Deus não nos abençoa com um fim em nós mesmos. Deus abençoou a Abraão para que, por meio dele, todas as nações fossem abençoadas.
Em uma época em que muitos estão buscando as bençãos … o Senhor procura pessoas que desejam ser uma benção. Pessoas que são luz, sal e que manifestam a fragrância do bom perfume de Cristo.
Ser uma benção é uma resoluta decisão de permitir que o próprio Deus me use nessa urgente batalha pelo resgate da dignidade humana.
Então que seja assim: não mais eu mas Cristo em mim.
“finalmente , sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos e humildes, não pagando mal por mal, ou injuria por injurias; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes benção por herança” I Pe 3:9