A Palavra de Deus nos diz de um sentimento que, da mesma forma, é ambíguo. Às vezes esse sentimento é apresentado positivamente e outras vezes negativamente. Esse sentimento é o zelo (mesma palavra usada no original grego ‘zelos’). Esse sentimento é vinculado muitas vezes como um atributo do próprio Deus (Dt 5:9; Na 1:2; Is 9:7), o zelo dos Coríntios estimulavam a fé de muitas outras igrejas (II Co 9:2), Pedro diz que devemos ser zelosos do que é bom (I Pe 3:13). Porém, Paulo também cita a mesma palavra como uma obra da carne (Gl 5:20) – na minha versão é usada a palavra ‘ciúme’ e em Jó nos é dito que o zelo do tolo o mata (5:2).
Todos nós temos, em alguma medida, zelo por alguma coisa ou alguma pessoa. Podemos ter zelo pela família, dinheiro poder ou status. Mas a bíblia diz que podemos ter um zelo oriundo do próprio Espírito Santo de Deus que nos leva a conhecer o seu propósito eterno e tem poder para nos libertar de tudo o que é terreno.
Assim como a buzina, o nosso zelo pode ser usado negativamente: para trazer perturbação, briga e dissensões que são características que acompanham o zelo produzido pela carne humana. Não devemos achar que o zelo e o fervor são coisas ruins, ao contrário, devemos desejar ser tomados por um “ciúme santo” que nos leva a uma consagração total e sem restrições a Deus.
Sermos zelosos parece ser razoavelmente fácil, o difícil é percebermos qual é a fonte do nosso zelo e o que é que nos faz queimar de ciúmes. Aos de Laodicéia que perderam o foco do zelo correto, o Senhor Jesus Cristo aconselha:
“Sê pois zeloso e arrepende-te.” Apocalipse 3:19
Se eu pudesse parafrasear este texto (e que todos me perdoem pela ousadia) eu colocaria da seguinte maneira: “Se pois zeloso pelas coisas certas e arrepende-te do teu zelo pelas coisas erradas.” Cabe a nós escolhermos pelo que o nosso coração se envolverá.
“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6:21